Norbert e a sociedade dos indivíduos

     

Fonte: Abstracta. Disponível em: https://abstracta.pro.br/sociedade/

Na aula realizada no dia 17 de junho, pautada no tema sociedade e indivíduo, discutimos o texto "Sociedade dos Indivíduos" do sociólogo alemão Norbert Elias. A ideia desse post é trazer um pouco das ideias que o Norbert trata na parte inicial do seu texto. Então vamos nessa.

    Inicialmente o autor busca abordar a definição geral, daquilo que temos como noção de sociedade, a sua definição mais popular. Ele questiona o fato dessa definição formal ser repassada de maneira tão corriqueira, sem muita contestação, chegando a afirmar que achamos saber o que de fato é sociedade. O Norbert define a sociedade como um monte de pessoas juntas que diferem em relação ao contexto, como por exemplo, região, tempo, etc. Assim, o mesmo discorre que essa diferença se dá de uma forma que não se pode dizer que foi planejada, de modo que a sociedade vai se moldando conforme os acontecimentos históricos  sem que dependa de um indevido em particular. 

     Os indivíduos formam a sociedade e ela vai influenciar no seu cotidiano, é assim dessa forma que o autor enxerga o papel das duas vertentes (indivíduo e sociedade). Ele vai definir a sociedade como um quebra cabeça em que as peças que a formam são os indivíduos. O que vai evidenciar a dificuldade de se entender o indivíduo de forma isolada, mas sempre ligada ao contexto da sociedade em que está inserido. 

    Entre as ideias do Norbert ele vai destacar que os indivíduos vivem sempre em conflito, sendo esse conflito gerado pela sociedade e isso ocorre por conta do poder que a sociedade tem de limitar os pensamentos, de propor o racionalismo e por consequência deixam os indivíduos em constante medo ocasionando tais ponto de atrito. Pode-se dizer que isso ocorre para que o individuo não tenha capacidade para questionar a estrutura da sociedade ou será visto como louco e consequentemente excluído. Contando um pouco da minha experiência, já presenciei esse argumento do Norbert na prática, quando ainda fazia parte de uma sociedade cristã e os "lideres" faziam vista grossa no nosso modo de agir e sobretudo de pensar, acredito que esse padrão se repita em sociedades do mesmo modelo.

    Por fim, apesar do pesares, pode-se constatar que a sociedade e o indivíduo não existem um sem o outro, eles são dependentes, o indivíduo pois precisa da  companhia de outros e a sociedade pois precisa de um "monte" de indivíduos "desprovidos de objetivos". Para se entender essa relação é preciso deixar de lado interesses e vontades, para que não prevaleçam. Podemos dizer que, a sociedade é algo simplesmente complexo.

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